Não foi uma, nem duas, foram três horas seguidas de conversa sobre a epopeia da chegada do homem à Lua. Sempre com o público “cativo” e entusiasmado nas cadeiras do auditório. E sem ninguém ter desertado. “Foi o meu recorde absoluto. O anterior era de duas horas e meia, há uns anos em Castelo Branco”, assumiu Miguel Gonçalves, o comunicador português de ciência, responsável pelo programa “A Última Fronteira”, na RTP, que fechou este sábado, 6 de Julho, o ciclo de conferências “Ciência & Astronomia” organizado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, sob a coordenação científica de Paulo Sanches. Ciclo que começou no dia 25 de maio com o físico e professor catedrático da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais, com a palestra “Einstein: 100 anos de glória”, e prosseguiu no dia 22 de junho com Paulo Ribeiro Claro, do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, com a palestra “A Tabela Periódica no Espaço: átomos e moléculas pela luz das estrelas”.
Miguel Gonçalves já tinha assumido que a conferência de Moimenta da Beira seria “a maior e mais complexa” que estava a preparar. E assim foi. Demorou três horas e bateu o seu próprio recorde. O público presente gostou? Gostou muito!
“LUA: pegadas, interrogações, estórias e dádivas” foi o título da sua comunicação, uma espécie de tributo dessa epopeia que teve o apogeu a 20 de Julho de 1969, dia em que o homem chegou à Lua. O feito do astronauta norte-americano Neil Armstrong e do seu colega Buzz Aldrin foi transmitido ao vivo para milhões de pessoas. E, ao pisar na superfície lunar, Armstrong disse a famosa frase: "Este é um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade".