O distrito de Viseu vai ter no terreno, no pico da fase Charlie de combate a incêndios florestais (em agosto), 135 equipas, 140 veículos e 640 operacionais, anunciou em Moimenta da Beira, na sexta-feira passada, 8 de maio, o Comandante Operacional Distrital (CODIS), Lúcio Campos.
Durante a apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) 2015, realizada no auditório municipal, na vila de Moimenta da Beira, Lúcio Campos garantiu que não haverá redução, “haverá sim um aumento, embora deva dizer que, principalmente no mês de agosto, nos aproximamos do limite das capacidades do distrito em termos de meios humanos. Mas existem e vão estar disponíveis este ano", frisou.
Segundo o CODIS, durante a fase Charlie, tal como no ano passado, os meios terrestres contarão com o apoio de seis meios aéreos, ficando estacionados em Viseu "três helicópteros de ataque inicial ligeiros, um pesado Kamov e dois aviões anfíbios Fireboss".
"Quer o helicóptero pesado de ataque ampliado, quer os anfíbios, são meios nacionais, mas o facto de estarem em Viseu dá-nos algum conforto, porque poderão num curto espaço de tempo ajudar no combate aos incêndios florestais", sublinhou.
Por outro lado, em Seia (distrito da Guarda), ficam sediados dois aviões anfíbios pesados (os Canadair), dando também "algum conforto saber que é logo ali no limite do distrito", acrescentou.
Os meios aéreos passam este ano a ter mais um ponto de água para abastecer, a barragem de Ermida/Ribeiradio (em Oliveira de Frades, no limite com o distrito de Aveiro), que se junta aos que já existiam no Rio Douro e nas barragens do Vilar (Moimenta da Beira), de Fagilde (Mangualde) e da Aguieira (Mortágua).
No que respeita às máquinas de rasto, mantêm-se as sete das autarquias que existiam no ano passado e o Comando Distrital de Operações de Socorro fez um levantamento, junto de empresas e de particulares, de outras que "estarão disponíveis em caso de necessidade", referiu Lúcio Campos.
O CODIS fez votos para que a época de incêndios florestais de 2015 seja calma, mas lembrou que este ano, ainda sem o dispositivo implementado, já se registaram "mais de 500 incêndios e já arderam cerca de mil hectares de floresta" no distrito.
Desta forma, os números estão quase a atingir os de 2014, que foi "um ano excepcional, o melhor dos últimos 30 anos" em termos de número de ignições.
"Desejo que 2015 seja um ano calmo. Mas, não o sendo, que não seja como 2013, independentemente da área ardida. O mais importante é começarmos todos e acabarmos todos", frisou, numa alusão aos bombeiros que morreram na Serra do Caramulo.