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Câmara presta justíssima homenagem a Diamantino Gertrudes da Silva, Capitão de Abril

29 Ago '21

Um busto e um largo (o atual Parque da Neta) que vai passar a chamar-se “Parque da Liberdade Coronel Diamantino Gertrudes da Silva”. Tudo em Alvite, terra onde nasceu, a 20 de fevereiro de 1943, o bravo Capitão de Abril.

É um justíssimo tributo a quem, à data da Revolução dos Cravos, comandou as tropas sublevadas idas de Viseu para Lisboa, com as companhias de Aveiro e da Figueira da Foz, e que nessa marcha gloriosa teve a seu cargo a tomada da prisão de Peniche. Um ato heróico e determinante em todo o processo de fim do regime.

A cerimónia de homenagem, promovida pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, decorrerá no dia 29 de agosto, a partir das 16 horas. O Presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, lança o convite público.

Diamantino Gertrudes da Silva faleceu a 10 de outubro de 2018 graduado de coronel das Forças Armadas, mas ficou para sempre a memória do Capitão de Abril, Herói de Abril.

“Foi o mais antigo dos quatro capitães que em Viseu, no RI14, desenvolveram grande atividade no Movimento dos Capitães”. “As suas militâncias envolveram então oficiais de Lamego, Guarda, Coimbra, Aveiro, para só referir as mais significativas”, lembra Vasco Lourenço, Presidente da Associação 25 de Abril.

Gertrudes da Silva ingressou na Academia Militar em 1963, seguindo a carreira de Oficial do Exército na Arma de Infantaria. Cumpriu duas comissões na Guerra Colonial, a 1ª em Angola e a 2ª na Guiné.

Dois anos depois da Revolução dos Cravos, insaciável por mais conhecimentos, matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, licenciando-se em História em 1980. Nas últimas décadas esteve envolvido numa intensa atividade cívica, apresentando comunicações em várias instituições, nomeadamente em escolas, para os mais jovens.

Literariamente desenvolveu enorme atividade de que se destaca a publicação de uma trilogia inspirada nas suas vivências da guerra colonial: “Deus, Pátria e... A Vida”, em 2003; “A Pátria ou a Vida”, em 2004; e da Revolução do 25 de Abril “Quatro Estações em Abril”, em 2007. Publicou ainda “Tempos sem remissão”, em 2011.