Devido à demolição do Pelourinho de Moimenta da Beira, que se supõe que foi mandado construir nos finais do século XVI, início de XVII e devido à sua riqueza como monumento histórico, decidiu-se construir uma réplica do mesmo. Todos os elementos e peças para a sua construção, foram devidamente analisadas, para não se “fugir à traça original” do antigo Pelourinho. No entanto, existiam algumas dúvidas para determinar o seu estilo, e procedeu-se a análises a outros pelourinhos da região de forma a determinar o seu estilo. Decidiu-se pela predominância dos materiais originários do concelho, no entanto, independentemente do estilo ou época da sua construção, os pelourinhos da região contêm diversos elementos artístico-decorativos, um desses elementos são as figuras antropomórficas. Essas figuras demonstravam a ligação que existia entre a justiça divina no local onde era aplicada a justiça aos homens. Para se determinar como seriam estas figuras, iniciou-se uma busca deste género de vestígios, que em Moimenta surgiu na Casa da Moimenta com a figura do carrasco. Esta figura trata-se de uma máscara mortuária que remete para as origens de Moimenta da Beira e para a ideia de justiça divina. Considerando-se esta simbologia, foi criada a Réplica do Pelourinho, construída em granito das pedreiras da região. É do “tipo bola”, com base de quatro degraus e fuste assente diretamente na plataforma, com a imagem do Carrasco semelhante à imagem da Casa da Moimenta. O local escolhido para a sua construção deveu-se ao facto de ser um dos locais mais antigos da vila, onde se iniciou o agregado populacional de Moimenta.