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Miguel Gonçalves fala amanhã, sábado, em Moimenta da Beira, sobre a chegada do primeiro homem à Lua

05 Julho 2019

É um conhecido e renomado comunicador português de ciência, responsável pelo programa “A Última Fronteira”, na RTP, que amanhã, sábado, 6 de julho, está em Moimenta da Beira para conversar sobre a chegada do primeiro homem à Lua, há precisamente meio século. A conferência de Miguel Gonçalves é no Auditório Municipal Padre Bento da Guia, às 16 horas, e, assume o próprio, trata-se da apresentação “que será a maior e mais complexa que já preparei até hoje”. Um privilégio para Moimenta da Beira.

“LUA: pegadas, interrogações, estórias e dádivas” é o título da sua comunicação, comunicação que fechará o ciclo de conferências “Ciência & Astronomia” organizado pela Câmara Municipal de Moimenta da Beira, sob a coordenação científica de Paulo Sanches, que começou no dia 25 de maio com o físico e professor catedrático da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais, com a palestra “Einstein: 100 anos de glória”, e prosseguiu no dia 22 de junho com Paulo Ribeiro Claro, do Departamento de Química da Universidade de Aveiro, com a palestra “A Tabela Periódica no Espaço: átomos e moléculas pela luz das estrelas”.

O homem chegou à Lua no dia 20 de julho de 1969, está a fazer 50 anos. Foi um passo que a humanidade deu, literalmente muito além das suas fronteiras terrestres. O feito do astronauta norte-americano Neil Armstrong e do seu colega Buzz Aldrin foi transmitido ao vivo para 100 milhões de pessoas. Foram, ao todo, duas horas e 45 minutos de caminhada pela Lua. E, ao pisar na superfície lunar, Armstrong disse a famosa frase: "Este é um pequeno passo para o homem e um salto gigantesco para a humanidade".

A palestra de Miguel Gonçalves relembrará essa façanha história e resume-se assim: "A chegada da missão Apollo 11 à Lua, a 20 de Julho de 1969, foi um dos marcos do século XX e que pela primeira vez levou a Humanidade para além do seu lar natal. Passados 50 anos, hoje reconhecemos quão longe foi, e se calhar pelos motivos errados, mas, independentemente dos mesmos, a arquitetura e contextos de tal façanha e os seus efeitos no nosso atual quotidiano são ainda difíceis de equacionar. As estórias fundem-se com a História e foi tudo mais do que um evento localizado no tempo e no(s) espaço(s). Quem foram as personagens principais desta peça? E que mitos revestem esta aventura? E para quando um regresso à Lua? E isso é realmente interessante?".

Miguel Gonçalves nasceu no Porto (1978) mas passou a sua infância e juventude em Castelo Branco onde completou o ensino secundário. Regressa ao Porto em 1996 para ingressar no curso de Física/Matemática Aplicada (ramo de Astronomia) na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e participa também em inúmeras sessões de divulgação de Astronomia, sendo um dos fundadores do GIRA (Grupo de Informação e Recreação Astronómica). Em 1997 é convidado para Coordenador Nacional da The Planetary Society (Sociedade Planetária), a maior agência espacial não-governamental do mundo, cofundada pelo astrónomo e astrofísico Carl Sagan, cujo cargo foi extinto em fevereiro de 2019. Em 2005, integra o grupo Almedina onde foi livreiro, gestor de eventos e gestor de produto, assinando também uma rubrica na Rádio Clube do Porto dedicado à divulgação da literatura. Em 2010, é convidado para editor adjunto de uma editora de âmbito nacional, cargo que deixa em outubro de 2012. Assinou durante 2 anos uma coluna no Jornal I dedicado à exploração espacial e desde 2011 que coordena e apresenta a rubrica “A Última Fronteira” no programa “Bom Dia Portugal”, da RTP1/3/Internacional. É cronista da revista “JN História”, comentador de Astronomia e Exploração Espacial do “Jornal 2” (RTP2) e também um dos fundadores da marca de joias meteoríticas “NEO Skytale” e do projeto de turismo rural e de natureza “Refúgio do Raposo”, em Proença-a-Nova.