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“È mau trato social quando se cortam reformas aos pensionistas”

02 a 16 Jun 2014
Não há só maus tratos físicos, maus tratos psicológicos, Daniel Serrão, médico e especialista em Ética da Vida, lembrou que há também maus tratos sociais. “Quando um governo corta nas reformas dos pensionistas está a infligir um mau trato social”. A afirmação foi proferida no primeiro dia das Jornadas da Cidadania, 29 de maio, em que o médico, que é também conselheiro do Papa para as questões da Vida, foi uma das ‘estrelas’ do evento que decorreu em Moimenta da Beira.

Não há só maus tratos físicos, maus tratos psicológicos, Daniel Serrão, médico e especialista em Ética da Vida, lembrou que há também maus tratos sociais. “Quando um governo corta nas reformas dos pensionistas está a infligir um mau trato social”. A afirmação foi proferida no primeiro dia das Jornadas da Cidadania, 29 de maio, em que o médico, que é também conselheiro do Papa para as questões da Vida, foi uma das ‘estrelas’ do evento que decorreu em Moimenta da Beira.

Dissertando sobre os “alertas contra a discriminação e maus tratos contra idosos”, Daniel Serrão lançou apelos à sociedade para que esteja atenta aos casos de “solidão sénior”, que aumentam de dia para dia.

“A solidão é o maior de todos os maus tratos. Uma sociedade que não olha pelos mais velhos, que os marginaliza e até os esconde, é uma sociedade que permite e promove mesmo a eutanásia social”, acusou o médico.

“Nenhum ser humano deve morrer em solidão”, disse alto e bom som, aconselhando que devia ser criada uma “geração de pacíficos”, que promova o bem estar entre todos, em especial para com os mais idosos.

“O homem é violento por natureza, e por isso é preciso que seja criada uma geração de gente pacífica”, sugeriu o médico, lamentando que os idosos sejam encarados como “gente incapaz”. Mas lembrou que os três homens mais ricos e mais ‘poderosos’ em Portugal (Américo Amorim, Soares dos Santos e Belmiro de Azevedo) “têm todos mais de 82 anos”.

Antes e depois de Daniel Serrão, outros oradores convidados falaram para a plateia que quase sempre encheu o auditório municipal. De manhã: Maria do Rosário Reis e Ana Margarida Cavaleiro, ligadas á problemática dos doentes de Alzheimer; depois, Eliza Bento da Guia, médica, e Cristina Requeijo, enfermeira, que falaram sobre “envelhecer com qualidade”. Moderou o debate, José Agostinho Correia.

À tarde: Pedro Móia, da CCDR-Norte; Acácio Pinto, deputado da Assembleia da República; Paulo Noronha, da Comunidade Intermunicipal do Douro; António Marques, economista; Luísa Hipólito, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte; e Maria do Carmo Bica, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local. Moderou o debate António Pedro Dias.
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