Foi um dia memorável. Mais de centena e meia de aquilinianos palmilharam as terras de Aquilino: Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva, território fértil que o mestre abençoou, lugares sagrados, lugares míticos que inspiraram a obra pícara de Aquilino.
A visita às Terras do Demo, organizada pela Associação Portuguesa de Escritores, em parceria com a Fundação Aquilino Ribeiro, aconteceu este sábado, 20 de Abril, um dia bafejado pelo sol, pela luz e pelos cheiros da serra, das pedras e dos bichos que povoaram tanto a obra écloga do mestre.
Um dia também em que se sentiu ali tão perto o ‘sangue’ de aquilino, pela presença na comitiva de duas netas suas e uma bisneta: Mariana, a neta primogénita, a quem o mestre dedicou o “Romance da Raposa”, e Mónica, a outra neta, ambas filhas de seu filho Aquilino Ribeiro Machado, desaparecido recentemente. A família estendeu-se ainda à viúva e ao genro de ARM.
Henrique Monteiro, jornalista, politólogo e ex-director do semanário ‘Expresso’, guiou a visita, contando aqui e ali histórias inéditas e deliciosas de Aquilino, algumas ligadas à caça, um dos vícios do mestre.
Do séquito faziam parte ainda um grupo de quase três dezenas de rotários do Porto, amantes de Aquilino Ribeiro, e muitos outros apaixonados da sua obra imensa e poderosa, uma das mais relevantes da história da literatura portuguesa.
As honras da casa foram feitas pelo presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira e do Conselho de Administração da Fundação Aquilino Ribeiro, José Eduardo Ferreira.