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Celina Arroz escreveu sobre “O Olhar de Aquilino Ribeiro para as Artes na Imprensa Periódica”

29 Maio 2022

O livro foi lançado ontem, sábado, 28 de maio, na Fundação Aquilino Ribeiro, em Soutosa, Moimenta da Beira. É a terceira obra sobre o nosso mestre, produzida com arrojo por Celina Arroz, uma investigadora algarvia de genuíno sangue aquiliniano que se sentou à mesa com Paulo Figueiredo, Presidente da Câmara, Pedro Sousa, Presidente da União de Freguesia de Peva e Segões, e Francisco Cardia, professor de Artes e ex-Vereador da Cultura, que apresentou o livro.

Aquilino Ribeiro esteve sempre alinhado com o seu tempo e defendia que a arte do presente teria que reproduzir na literatura e nas artes plásticas a época do artista. Num olhar retrospetivo sobre o posicionamento artístico na juventude em Paris, quando o jovem republicano se entusiasma pelo movimento artístico futurista ele era afirmativo “As épocas são diferentes (…). A vida é outra, os símbolos e as representações devem ser outras”.

Em 1962, quando Aquilino observava que as artes no país continuavam a não ter lugar cimeiro e referia-se aos velhos conceitos de arte, “super-realistas”, quer na literatura quer nas artes plásticas, que ainda se cultivava: “Em arte e literatura, que significa essa corrida, tantas vezes absurda e incongruente, para uma meta que se não enxerga? O vulto aquilata de mistificadores todos esses denodados super-realistas que enxameiam nos vários cantões da arte. Podem ser lá mistificadores pessoas, que nós sabemos sérias, incapazes de ludibriar de serem ludibriadas, que conhecem as regras da sintaxe e vivem e hão-de morrer na cama e dentro do reino das três dimensões”.

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