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Quase 900 mil euros para caminhos florestais e pontos de água

18 Junho 2014

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira vai abrir um concurso público para limpeza de caminhos florestais e construção e reparação de pontos de água, com um valor base de cerca de 870 mil euros.

A Câmara Municipal de Moimenta da Beira vai abrir um concurso público para limpeza de caminhos florestais e construção e reparação de pontos de água, com um valor base de cerca de 870 mil euros.

O presidente da autarquia, José Eduardo Ferreira, explica que está prevista “a limpeza de um conjunto de linhas da rede primária, para impedir que os incêndios se propaguem indefinidamente”.

“Quando os incêndios estão a lavrar, ou temos áreas onde seja possível pará-los ou é difícil fazer a contenção das chamas”, justificou.

Com a execução deste projeto, a autarquia pretende intervir em 453,43 hectares, resultantes das áreas de faixas a criar na rede primária (384,79 hectares), dos mosaicos de parcelas de gestão de combustível (64,95 hectares) e das faixas de proteção aos pontos de água (3,69 hectares).

No âmbito do projeto, será beneficiada a plataforma de 14,26 quilómetros de caminhos inseridos na rede primária e a plataforma de 117,26 quilómetros de caminhos que lhes dão acesso.

José Eduardo Ferreira avançou que haverá também intervenções ao nível dos pontos de água, “que permitirão o abastecimento dos meios aéreos e dos bombeiros durante o combate aos incêndios”.

Nas localidades de Segões e de Peravelha serão construídos dois pontos de água, com uma capacidade de armazenamento de três mil e de seis mil metros cúbicos.

Serão também beneficiados ainda os pontos de água localizados nas freguesias de Alvite e Leomil, ficando com uma capacidade de armazenamento de 750 e 1.600 metros cúbicos.

O autarca admitiu que, ao avançar apenas agora para o concurso público, já pouco será feito para prevenir os incêndios deste verão. “Já não conseguiremos fazer um trabalho que seja muito significativo para prevenir os incêndios deste ano, mas a vida continua e previnem-se os dos próximos anos”, considerou.

Com este projecto, a Câmara não pretende apenas proteger as áreas florestais com o objectivo de obter material lenhoso, mas também contribuir para a valorização ambiental e paisagística e para a melhoria da qualidade de vida das populações, numa região que tem um índice elevado de desertificação e de emigração.

FOTO: LUSA