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Ponte romana submersa no Rio Paiva?

13 Janeiro 2015

As bravas e profundas águas do Rio Paiva, que nasce na freguesia de Peravelha, concelho de Moimenta da Beira, podem esconder um importante tesouro arqueológico, que vários pesquisadores têm vindo a investigar. A revista “Humanitas” editada pelo Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, publicou no seu volume LXVI (2014) um artigo de Nair de Nazaré Castro Soares, onde é abordada a questão da existência de uma ponte romana submersa no Rio Paiva, que serviria de travessia no percurso entre Lamego e as cidades do litoral, na região de Alvarenga/Arouca.


As bravas e profundas águas do Rio Paiva, que nasce na freguesia de Peravelha, concelho de Moimenta da Beira, podem esconder um importante tesouro arqueológico, que vários pesquisadores têm vindo a investigar.

A revista “Humanitas” editada pelo Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, publicou no seu volume LXVI (2014) um artigo de Nair de Nazaré Castro Soares, onde é abordada a questão da existência de uma ponte romana submersa no Rio Paiva, que serviria de travessia no percurso entre Lamego e as cidades do litoral, na região de Alvarenga/Arouca.
A descoberta não foi no espaço geográfico do município de Moimenta da Beira, mas é importante porque se trata de um curso de água com a nascente primeira no concelho.

O artigo faz referência à descoberta de grandes blocos de granito, submersos a sete metros de profundidade, em Janarde (Arouca), ligados por vestígios de metal encastrado, que se supõe serem as fundações de uma ponte que ligava os lugares de Louredo e Janarde. A descoberta foi feita ocasionalmente pelo Hélio Mário de Castro Pereira através da realização de prática desportiva de “mergulho de apneia”.

O facto da existência de referências históricas a vias romanas que cruzavam a região, e a inexistência de granito naquela zona, fazem com que alguns investigadores não tenham dúvidas que os vestígios encontrados são as ruínas da antiga ponte romana sobre o Rio Paiva, facto que terá que ser avaliado e confirmado pela realização de estudos de pormenor.

O Paiva, que desagua Douro, em Castelo de Paiva, foi considerado, ainda não há muitos anos, o rio menos poluído da Europa, e ainda hoje é local de desova de trutas. Está classificado como Sítio de Importância Comunitária na Rede Natura 2000.

 

Foto: DR