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Planalto - Festival das Artes em Moimenta da Beira

02 Maio 2019

De 20 a 25 de maio, Moimenta da Beira recebe um evento pioneiro nas Artes Performativas, com uma programação verdadeiramente de excelência. É a 1ª edição do “Planalto – Festival das Artes”. São seis dias, mais de 30 eventos, divididos por seis disciplinas artísticas que acontecem em mais de 80 horas de programação. Tudo com entrada livre.

Teatro, dança, cinema, música, exposições, performance, clubbing, workshop’s, conversas, palestras e aulas são as áreas artísticas ou do pensamento sobre a qual a programação de estreia se centrará e que tem como tema basilar as palavras “Construir e Integrar”.

Com a principal intenção de promover a descentralização da cultura e da arte e de contribuir para desenvolver as mentalidades autocríticas da comunidade, o projeto é pensado e desenhado para ser implementado no interior norte de Portugal, inserido nesta região que demograficamente está banhada pelos rios Douro, Távora, Varosa e Paiva. E é Moimenta da Beira que receberá este projeto que se quer alargado e amplo nas suas frentes programáticas e relacionais com toda a região envolvente.

O “Planalto – Festival das Artes”, com direção artística e de programação de Luís André Sá, e o apoio empenhado da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, “nasce de uma vontade pessoal e urgente de colmatar uma das enormes desertificações que acontecem nestes territórios interiorizados”, sustenta o diretor artístico.

Os locais convencionais dos Teatros, Museus, Galerias, discotecas e outros espaços culturais dão lugar aos jardins públicos, a aulas nos prados e vales da Serra de Leomil, a exposições em antigos espaços comerciais, a espetáculos numa blackbox improvisada no pavilhão da Escola Secundária local, aos edifícios históricos fechados ao público onde se conversará sobre temas fraturantes do mundo de hoje, à biblioteca municipal onde se pensará a ideia de estarmos sós, ao espaço do mercado municipal que virará pista de dança com pesos pesados da cena clubbing nacional e internacional, até às escolas primárias, secundária, ou mesmo a um workshop para maiores de 55 anos num centro de dia.

É um “Planalto” artístico para promover a democratização do acesso à cultura em regiões interiorizadas, com mais de três dezenas de propostas, todas elas de entrada livre. Nesta primeira edição integram a programação artistas consagrados e premiados e artistas emergentes que procuram lugares para a consolidação das suas carreiras. E que, segundo o programador e diretor artístico, “quer no futuro ser ainda mais essa mostra de artes que é, simultaneamente, uma montra de projetos que poderão aqui crescer e/ ou nascer para depois seguirem para circulação pelos diversos espaços programáticos nacionais e internacionais”.

Na programação constam nomes como o do cantautor brasileiro Luca Argel, que vem apresentar o seu último álbum “Conversas de Fila”, dia 21 de maio; a coreógrafa e performer Sónia Baptista, com um projeto sobre o ato de estar só, dia 20; a cineasta Leonor Teles, vencedora de um Urso de Urso na Berlinale (Berlim), dia 22; o promissor realizador de “Infância, Juventude, Adolescência”, Rúben Gonçalves, dia 24; duas performances em formato work in progress da brasileira Nina Giovelli e Marta Ramos, que apresentam “Bocuda” e “A body that hides also stands”, respetivamente, dia 21; o bailarino e coreógrafo Francisco Camacho, que apresentará um dos solos mais icónicos da curta história da nova dança portuguesa “Rei no Exílio – remake”, dia 22; Joacine Katar Moreira, chega para remontar “Descoloniza a arte!”, a importante conferência em torno das ideias do colonialismo e do racismo, que criou e apresentou em março passado inserida na programação da Boca - Bienal de Artes Contemporâneas; Miguel Bonneville traz “MB#6” (2008), que integra um dos seus ciclos de espetáculos autobiográficos, este sobre um profundo encontro entre diversas identidades, dia 23; o coreógrafo português Rafael Alvarez convida o bailarino japonês, YutaIshikawa, e apresentam em pós-estreia nacional o dueto “Na onda da distância”; no penúltimo e último dia de festival, Sara Anjo apresenta o seu último projeto para crianças em dupla sessão. A primeira no Agrupamento de 1º Ciclo, e a segunda aberta a famílias e público em geral. A 25 de Maio é a vez das “Sopa de Pedra”, projeto a 10 vozes femininas de cantares tradicionais “a cappella”, tornando-se uma das melhores revelações dos últimos anos na música portuguesa. Para o público mais jovem, na primeira noite de encerramento do festival o rapper justiceiro, Mike El Nite, que traz o seu último álbum “Inter-missão”; seguido de dois nomes de peso da Enchufada (editora dos ex-Buraka Som Sistema), Progressivu e Dotorado PRO. No último dia, o “Planalto - Festival das Artes” encerra em festa com três blocos centrais da editora lisboeta Príncipe: Dj Nigga Fox, Nídia e Dj Narciso. Entre muitas outras propostas, focadas na importante parte formativa do projeto Planalto com aulas e workshops, onde constam nomes como Leonor Barata, Mário Afonso, David Marques, Romulus Neagu, entre outros.

O “Planalto” nasce em 2019 com uma missão muito definida. Associando as temáticas da educação pela arte e da formação de públicos como pilares vitais para a sobrevivência do projeto no seu futuro. Expandindo a curto prazo a vontade de alargar o projeto a regiões fronteiriças, quadruplicando assim o território de atuação e triplicando a população-alvo.

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