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Sons da Galiza no Convento das Freiras, sexta-feira à noite

28 Set '18
São quatro e vêm da Galiza, Espanha, a Moimenta da Beira dar um concerto no Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação (ou Convento das Freiras) na próxima sexta-feira, 28 de setembro, às 21h30. A entrada é livre.

O quarteto galego dá pelo nome “Ghaveta” e nele se juntam a harpa (tocada por Beatriz Martínez), a voz, a percussão e o bouzouki, que é um instrumento de cordas da família do alaúde (por Marta Martínez), o violino (por Felipe Rodicio), a guitarra acústica e o bouzouki também (por Diego Langarika) para, no fim a conjugação ser íntima na procura da emoção, do ritmo, do baile e da ligação direta com o público que será também protagonista e participante da sua música. O som da banda mergulha num universo tímbrico cheio de sensações com um reportório de músicas de raiz tradicional misturado com outras composições próprias e arranjos ao estilo mais pessoal.

O concerto está inserido na 4ª edição de “Oito Mãos, Monumentos com Música Dentro” que conta com o apoio da Câmara Municipal de Moimenta da Beira e da CIM Douro. É um festival de música que passa por monumentos marcantes do território dando oportunidade às populações locais de usufruírem de um momento cultural ímpar e de elas próprias revisitarem um património que, sendo quotidianamente próximo, é de todos.
Com ele a riqueza patrimonial é posta em evidência; o envolvimento de gentes e entidades locais são uma necessidade e um propósito; e o valor turístico, marcado pela excelência da qualidade, é uma consequência.

O Convento Beneditino de Nossa Senhora da Purificação (ou Convento das Freiras), em Moimenta da Beira, foi fundado no final do século XVI (1596) pelo Abade Fernão Mergulhão, recebendo os privilégios da Congregação Beneditina de S. Martinho de Tibães um ano depois, em 1597, por bula papal. Extinta a comunidade conventual no ano de 1812, a igreja passou para a posse da paróquia, tornando-se matriz em 1863, e o restante edificado e cerca foram adquiridos por Rodrigues Sarmento. Na igreja, de estrutura maneirista, destaca-se o erudito portal principal, de duplas colunas jónicas e frontão semicircular, e a varanda-mirantena na fachada principal, apoiada em volumosos modilhões de volutas. O interior mantém elevada integridade e autenticidade, apresentando muitos elementos barrocos, sobretudo ao nível do programa decorativo, com altares de estilo nacional e rococó e revestimentos azulejares do tipo tapete. Conserva o coro-alto e o coro-baixo gradeados, edificados originalmente para uso exclusivo das freiras. O edifício destaca-se pela qualidade construtiva, dimensões e sobriedade. Na área classificada foram ainda integrados os edifícios de apoio agrícola que vinculam o solar ao mundo rural em que se inseria, bem como o jardim e pomar que permanecem espaços lúdicos e de resguardo da zona habitacional.