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Fundação Aquilino Ribeiro vai aderir a associação ibérica

01 a 31 Ago 2013
A Fundação Aquilino Ribeiro, com sede em Soutosa, no concelho de Moimenta da Beira, vai em breve aderir a uma associação ibérica com o objetivo de ganhar mais visibilidade em Portugal e no estrangeiro.

A Fundação Aquilino Ribeiro, com sede em Soutosa, no concelho de Moimenta da Beira, vai em breve aderir a uma associação ibérica com o objetivo de ganhar mais visibilidade em Portugal e no estrangeiro.

Representantes da Associação Ibérica de Casas Museu e Fundações de Escritores estiveram recentemente em Soutosa, tendo a Fundação Aquilino Ribeiro manifestado interesse em integrá-la, o que deverá concretizar-se dentro de pouco tempo.

“Há um circuito que se deve estabelecer entre este tipo de casas museu e de fundações de escritores, que têm um público próprio. Podem ser partilhados os meios, o público e as iniciativas”, justificou à agência Lusa o presidente da Câmara de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira.

Na opinião do autarca, que gere a fundação há cerca de dois anos, “se não houver esta abertura, ela fica muito diminuída nos seus objetivos, porque não basta guardar os bens do escritor, precisa usar esse espólio em favor da região, nomeadamente através da componente turística”.

A fundação - que está sediada numa casa que pertenceu ao pai de Aquilino Ribeiro e foi depois segundo lar do escritor, que a ela regressava nos meses de verão – era presidida pela sua nora. Após esta ter falecido, as autarquias de Moimenta da Beira, Sernancelhe e Vila Nova de Paiva decidiram assegurar rotativamente a sua presidência.

José Eduardo Ferreira faz um balanço muito positivo do primeiro período desta nova forma de gestão, que acabará após as eleições autárquicas, passando depois a presidência para Sernancelhe.

“Em 2011 tivemos 470 visitantes, um número que duplicou em 2012. A avaliar pelos números actuais, este ano deveremos ter mais de 1.500 visitantes”, disse o autarca, referindo-se apenas aos números das visitas organizadas.

Uma das apostas tem passado por dar à fundação “maior sentido regional, para a ligar mais ao território e lhe dar maior sustentabilidade”.

Recentemente abriu uma loja de conveniência, “onde são vendidos não apenas livros, mas também vinhos e outros produtos regionais, que permitem aproveitar a fundação para melhorar as condições na região e criar alguma sustentabilidade”.

Outra das mudanças foi ter a fundação aberta todos os dias da semana e haver sempre uma pessoa disponível para guiar os visitantes.
Os espaços da fundação também foram melhorados, com base em documentos e com a ajuda de Mariana Ribeiro Machado, neta de Aquilino Ribeiro.

José Eduardo Ferreira considerou que há ainda “um manancial imenso” a explorar para progressivamente ir colocando a fundação no mapa cultural nacional e internacional.

Exemplificou que, no dia em que foi apresentado um guia das aves de Aquilino Ribeiro, foi também lançado um vinho e feito um percurso junto ao rio onde puderam ser vistas muitas das espécies descritas pelo escritor nas suas obras.

“É um projeto que pode ser estendido à serra toda. Temos as aves, os penedos, os lobos de que Aquilino falava. Há aqui um manancial que temos que organizar”, frisou.