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Governo garante construção da Barragem da Boavista, mas autarca quer mais uma

05 Março 2018
O Governo, através do primeiro-ministro António Costa, tornou conhecido sábado passado o Programa Nacional de Regadios (PNR) onde consta a Barragem da Boavista, na freguesia de Caria, uma das duas do projeto de Aproveitamento Hidroagrícola de Moimenta da Beira (AHMB) elaborado pela Câmara Municipal.

José Eduardo Ferreira, presidente da autarquia, reagiu com satisfação ao anúncio, mas promete manter viva a reivindicação da construção da segunda barragem prevista no AHMB (com origem no lugar da Nave, na Serra de Leomil), revelando muita preocupação pelo facto do Governo prosseguir com uma política de investimentos no regadio muito concentrada no sul do país, em particular no Alqueva.

As barragens da Boavista (agora contemplada) e a da Nave, investimentos de muitos milhões de euros, "serão determinantes para o reforço do setor da maçã, já que vão assegurar o regadio a muitos hectares de pomares existentes, e permitir que a sua área de plantação possa ser ampliada, como é desejo antigo dos produtores”, afirma o autarca.

O Programa Nacional de Regadios, que o Governo quer concretizar até 2022, vai custar cerca de 534 milhões de euros, financiados por fundos comunitários e pelo Banco Europeu de Investimentos, e vai possibilitar desenvolver 54 projetos (o da Boavista é o projeto 53) capazes de beneficiar 95 mil hectares de terrenos agrícolas e de gerar 10 550 novos postos de trabalho.

Trata-se de um programa estruturante para o país, em especial para a coesão territorial do interior. É bom lembrar que o sector agrícola tem dado um importante contributo para o crescimento económico do país, é um setor que tem crescido acima da média da nossa economia, por isso, investir na água é criar melhores condições para um maior crescimento económico e para melhorar a nossa produção. O investimento ajuda ainda a fixar populações, a criar riqueza e a melhorar as condições de vida no interior.